Glúten: entenda mais sobre a doença celíaca

Muito tem se falado sobre o glúten atualmente. Uns o apontam como vilão e restringem o seu consumo totalmente, mas até que ponto é realmente necessário? Primeiro, temos que entender que existem pessoas realmente intolerantes ao nutriente. Essas pessoas precisam restringir ou suspender totalmente o consumo.

A doença celíaca, por exemplo, é uma alteração autoimune complexa com características genéticas determinantes para o desenvolvimento e gravidade da mesma. A partir do BioDiet, pode-se descobrir se existe a presença dos genes que codificam os heterodímeros HLA-DQ2 e HLA-DQ8, responsáveis pela produção dessas duas moléculas essenciais para o desenvolvimento da doença celíaca. Pessoas que apresentam estas moléculas podem ter a doença ou predisposição genética a desenvolvê-la, que somada a outros fatores (alimentação, estilo de vida) pode contribuir para o surgimento.

Estima-se que cerca de 1% da população, em geral, manifestam a doença celíaca, porém diversos estudos já mostram que essa incidência tem aumentado cada vez mais. De acordo com pesquisas norte-americanas recentes, o aparecimento da doença em adultos quintuplicou nas últimas três décadas. Com isso, pesquisadores creem que fatores ambientais estão contribuindo para o aumento da frequência da doença em pessoas geneticamente predispostas. São eles: idade de exposição ao glúten, qualidade e quantidade de trigo, a amamentação, a composição da microbiota intestinal, infecções intestinais durante a infância, entre outros.

Estas descobertas abrem caminho para se investigar e aprofundar quais as novas causas relacionadas à doença celíaca. Ressalta-se a importância do conhecimento da predisposição genética para se retardar ou até mesmo suspender o surgimento da doença.