análise do DNA de tumores de pacientes com câncer de mama em estagio avançado vem permitindo aos cientistas identificar se as pacientes irão se beneficiar do tratamento com os medicamentos inibidores da aromatase, amplamente utilizados no tratamento de tumores de mama positivos para receptores de estrógeno.

Em estudo publicado recentemente na Revista Nature, pesquisadores da Washington University School of Medicine em St Louis, detectaram mutações em tumores de mama avançados que possuem associação com a resposta ao tratamento e com o prognóstico clínico dessas pacientes. Aproximadamente 20% das pacientes apresentavam tumores com mutações no gene TP53, um potente supressor tumoral. Essas mutações parecem estar associadas a uma pior resposta ao tratamento com os inibidores da aromatase e a um crescimento tumoral mais rápido e agressivo.

Em contraste, pacientes com mutações nos genes MAP3K1 e MAP2K4 parecem responder melhor a esse tipo de terapia e os tumores também apresentaram um perfil molecular de melhor prognóstico e crescimento mais lento.

Cada vez mais a Medicina Genômica é capaz de auxiliar em um tratamento mais efetivo para diversos tipos de câncer. Muitas vezes um teste é capaz de trazer diversas respostas para o clínico, aumentando de maneira significativa a qualidade de vida dos pacientes.