A hipertensão arterial sistêmica (HAS) é considerada o principal fator de risco para as doenças cardiovasculares. Conhecida também como “pressão alta”, aumentou 3,7% nos últimos 15 anos no Brasil, e este aumento foi maior entre os homens.

HAS faz parte do grupo das Doenças Crônicas não Transmissíveis e, por isso, está no plano de metas dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável, que propõe reduzir em um terço a mortalidade prematura por doenças não transmissíveis, até 2030.

O desenvolvimento hipertensão é influenciada por fatores genéticos, ambientais e demográficos. As evidências sugerem que 30 a 50% da variação da pressão arterial podem ser atribuídos a fatores genéticos.

Centenas de genes e polimorfismos genéticos foram relacionados à HAS, dentre eles os polimorfismos no gene MTHFR (C677T e A1298C). O polimorfismo C677T gera a substituição do aminoácido alanina para valina, e o A1298C, a substituição do glutamato pela alanina, resultando em redução da atividade da enzima produzida pelo gene. Esta mudança causa redução dos níveis de folato, e resulta em hiper homocisteinemia.

A hiper homocisteinemia tem sido associada à HAS, a hipertensão na gravidez (HG) e a hipertensão resistente ao tratamento (HRT), pois induz a constrição das arteríolas, disfunção renal e aumento da reabsorção de sódio, além de aumentar a rigidez arterial e o estresse oxidativo.

Em um estudo de metanálise (onde foram avaliados 114 estudos de diferentes etnias) os autores associaram o polimorfismo C677T à HAS e HG, mas não o A1298C.

Reduzir os níveis de homocisteína é fundamental para o tratamento da hipertensão. A suplementação com vitaminas do complexo B, mais especificamente B2, B6, L-metilfolato e B12, e o uso de N-acetil-cisteína (NAC), auxiliam na redução da homocisteína e na redução da HAS. Todos devem ser utilizados conforme a prescrição e supervisão do médico ou nutricionista para adequação de dose e tempo de uso, portanto deve ser individualizado.

Conhecer sua genética é fundamental para o cuidado da saúde de forma integrativa, assim como aplicar de forma contínua os conhecimentos adquiridos com esta incrível ferramenta. A análise genética do gene MTHFR através do BioDiet Plus e BioTrombofilias da Biogenetika, revela se há polimorfismos, e este conhecimento permite a correta suplementação.

REFERÊNCIAS

ELIAS, Merrill F.; BROWN, Craig J.. Medical foods for lowering homocysteine in hypertensive patients. The Journal Of Clinical Hypertension, [S.L.], v. 25, n. 1, p. 111-114, 14 dez. 2022. Wiley. http://dx.doi.org/10.1111/jch.14608

https://www.gov.br/saude/pt-br/assuntos/noticias/2022/maio/relatorio-aponta-que-numero-de-adultos-com-hipertensao-aumentou-3-7-em-15-anos-no-brasil 
 YANG, Boyi; FAN, Shujun; ZHI, Xueyuan; LI, Yongfang; LIU, Yuyan; WANG, Da; HE, Miao; HOU, Yongyong; ZHENG, Quanmei; SUN, Guifan. Associations of MTHFR Gene Polymorphisms with Hypertension and Hypertension in Pregnancy: a meta-analysis from 114 studies with 15411 cases and 21970 controls. Plos One, [S.L.], v. 9, n. 2, p. 1-13, 5 fev. 2014. Public Library of Science (PLoS). http://dx.doi.org/10.1371/journal.pone.0087497.